sexta-feira, 30 de maio de 2008

ossanha




-"O canto da mais difícil
E mais misteriosa das deusas
Do candomblé baiano
Aquela que sabe tudo
Sobre as ervas
Sobre a alquimia do amor"

Deaaá! Deeerê! Deaaá!

O homem que diz "dou" Não dá!
Porque quem dá mesmo Não diz!
O homem que diz "vou" Não vai!
Porque quando foi Já não quis!
O homem que diz "sou" Não é!
Porque quem é mesmo "é" Não sou!
O homem que diz "dou" Não dá!
Porque ninguém dá Quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha
Traidor!
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Senhorita Marlboro ligths

Senhorita Marlboro ligths

Me sentindo a própria Carrie Bradshaw. Marlboro no cinzeiro ao lado do note, tentando escrever a próxima coluna mas dessa vez os pensamentos não fluem, pelo menos não como naquele dia que ela se encontrou com Mr. Big e se vestiu de camareira.

Hoje to Carrie naqueles dias sem muitos acontecimentos, sem muitos telefonemas e nenhuma mensagem na caixa postal, to Carrie naquele dia de dois dias depois de sexbody.

O clímax do dia foi uma conversa de 17min com uma amiga bem Samantha Jones naqueles dias que ela fica com o barman tatuado e cheio de piercings, aquele morto de gostoso que ela sabia desde o inicio que era hétero, mesmo estando em uma boate gay.

Bom, nessa conversa chegamos a uma conclusão digna de Carrie e Samantha; domingos não precisam ser chatos! Pelo contrario, até porque desde que Carry e Sammy descobriam certos prazeres da vida, seus domingos têm sido bem divertidinhos, e pelo que me parecem, se diferem um pouco daqueles domingos típicos da família americana e da brasileira também, nada de família, ou igreja, só mesmo alguns passa-tempos.

Olha só, acabei de receber uma mensagem da amiga Miranda num lugar de farras, em viagem de negócios, sem poder fazer farras, tadinha. “It's nice in here, but is just for business. Miss you.”

Bom meninas, um beijo pra todas vocês, minhas amigas de Sex and the city, Xer, Oty, Xan, Pi, Jé, Vê, hahaha.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

metáforas, metáforas..

Depois da tempestade sempre tem a calmaria, ou não, pode ser que depois da chuva venha aquele chuvisco que cutuca, incomoda, de vez em quando dói.
O que faz mal não é a chuva que vai levando telhado, o que de fato faz um mal danado, é aquela chuvinha que molha a nossa roupa aos pouquinhos, depois pára, dá tempo da roupa secar no corpo, só pra chover denovo, bem de leve, molhar tudo de novo, para secar como na primeira vez. E assim vai.
Isso aí é que faz gripar, resfriar, é isso que mata qualquer um.
Maldito "Chova e não molha", ou "Chove e molha pouco".
Se é pra chover, que seja chuva avassaladora, que derrube casa, que deixe a gente enxarcar, que assim pelo menos dá pra tirar proveito, e até esperar a calmaria distraida.

"Seja quente ou frio, mas não seja morno ou te vomito."

sexta-feira, 16 de maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Menino Bonito


Inacreditável, seus olhos negros e baixos são sempre úmidos como se lagrimassem, a boca muito bem contornada, é daquele jeito que hipnotiza quando se mexe, no riso, vira um quadro lindo, brilhante, claro, reluzente, de moldura tão linda quanto.
O rosto é harmonioso, como se tivesse sido calculado nos mínimos detalhes, formato quadrado, maxilar largo, sobrancelhas grossas, mas não exageradas, baixas, tão negras quanto o cabelo bem cortado e a barba por fazer.
Um metro e oitenta e cinco de sol, vinte centímetros a mais que eu, o que me permite usar salto, e por mais alto que seja, me sentir pequena, ou melhor, na medida certa de ser protegida.
Quando anda, chama a minha atenção, não por ser lindo, mas por ser ele, mais uma vez chega a me hipnotizar, no melhor sentido da palavra. Costuma caminhar olhando por cima, sem prestar muita atenção ao que está abaixo do seu ombro, talvez pela sua desatenção, sejam as cicatrizes, mas pode ser também pelas brincadeiras de uma infância bem aproveitada, ou pelos esportes até hoje praticados.
Na verdade foi pela pele bronzeada que eu me apaixonei, quando vi contrastando com a bermuda branca, que fica linda nele, assim como qualquer coisa que ele vista. Ou será que foi pelo cheiro? Daquele perfume que eu nunca senti em ninguém antes, nem sentirei depois, inconfundível, misturado com o cheiro de banho talvez, cheiro que fica no quarto, no carro e por onde mais ele passe.
Sua voz é como musica, das mais agradáveis, seu falar manso que me deixa sempre na expectativa... Mãos e braços angulosos, confortáveis, (inexplicavelmente confortáveis) que convidam pra um abraço, as tatuagens são verdadeiras estórias, que eu sempre faço questão de imaginar inicio, meio, e espero não ter fim.
Quando acordo e olho pro lado, vejo aquele espaço vazio e sei que cabe exatamente no corpo dele, o espaço que tem suas medidas, e só suas.
Menino bonito que é titulo de musica, poesia, melodia, livro, imagem, a pintura mais bela, inspiração, mágica, mistério, dormindo é como anjo, como se soubesse que eu o observo, faz questão de estar impecável mesmo quando inconsciente, ele é a melhor mistura, a melhor combinação, é inacreditável, quase impossível, e ao mesmo tempo tão provável.

terça-feira, 13 de maio de 2008

e?


Contrariando a melancólica vida internética, eu estou feliz.
(E excluida do mundo. Prefiro assim)