quarta-feira, 27 de maio de 2009

roots


esse eu que fiz

sábado, 23 de maio de 2009

livrai-me

Bão Balalão, Senhor Capitão, tirai este peso do meu coração.
Não é de tristeza, não é de aflição, é só de esperança, Senhor capitão!

A leve esperança, a aérea esperança... Aérea, pois não!
Peso mais pesado não existe não.

Ah, livrai-me dele, Senhor capitão!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sobremim


Quase sempre sou simpática. Sou entusiasmada, franca, filosófica, imediatista. Sou bicho do mato, antes de gostar analiso muito. Meu sorriso é constante e do que mais gosto é de viajar, conhecer pessoas e lugares e amo a liberdade. Tendo a precipitar-me em minhas conclusões e deprimo quando ansiosa. Meu temperamento compassivo, inspirado e supersensível age como um imã atraindo os estados emocionais das pessoas em volta. Sou pessoa objetiva, distante, ética e conservadora. Minha atitude de observadora faz com que não me sinta envolvida na vida borbulhante, mas nada como estar com amigos, poucos e bons, como costumam ser os meus. Penso por mim mesma, questiono autoridade, amo diversidade, o comum não me atrai. Tenho idéias engenhosas e intuição certa. Me interesso por ensinamentos antigos, orientais, acho o ser humano do passado muito mais inteligente e sábio que o contemporâneo. Por sinal tenho problemas com o ser humano contemporâneo. Estou mais voltada para aplicar as descobertas, invenções e minha natureza espiritual para melhorar a vida diária, apesar de me preocupar muito com outro plano. Não como carne. Como carne de marisco pois sou fraca o suficiente para dar como resposta pro meu não-vegetarianismo “peixes não têm memória!”. Não tomo refrigerante de espécie alguma. Sou contra o sistema, apesar de saber que esse discurso é hipócrita, já que sou publicitária. Sou muito engajada, abraço causas em favor da natureza, não jogo lixo na rua, fecho a torneira enquanto escovo os dentes, faço o possível pra fazer a minha parte, mas tenho medo de escuro, por isso uso mais a energia elétrica do que preciso. Sou apaixonada por tatuagens, quero ter a parte de trás do corpo lotada delas. Meu pai uma vez me falou “a tatuagem é a arte em que o bárbaro é perdoado pela beleza”. Tenho certa tendência ao isolamento, mas morro de medo da solidão.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Vida/Filme

Realmente eu já tinha parado pra pensar na vida como um filme, Carol, e ainda te digo que as partes mais legais são aquelas sem espectadores.
No meu filme sou uma boa diretora de fotografia, procuro escolher sempre os melhores cenários, os mais coloridos, pôr e nascer-do-sol, noite estrelada, essas coisas sempre dão um "quê" a mais no filme, ainda mais no meu, que o elenco é pequeno. Na verdade minha vida é como um filme do Almodóvar, poucos diálogos e inteligentes, cenas curiosas, personagens estranhos, histórias improváveis, um drama bem humorado que faz chorar sorrindo.
A trilha sonora sem dúvida é bossa'n roll, tem sempre aquela cena de angústia dentro do carro, que combina perfeitamente com The Song Remains The Same, "I had a dream, crazy dream, uhuuuu, anything i wanted to knowwww, any place i needed to gooooooooo". Ou aquele doce Vinicius me chamando de Formosa depois de mil desilusões amorosas, dizendo que se eu quiser ser sua namorada, ái que linda namorada, eu poderia ser... Como não se apaixonar pelas lembranças de coisas que não existiram? É aquela parte do filme em que escorre aquela lágrima solitária que seca antes de chegar no queixo.
Na verdade, a trilha sonora do meu filme é tão importante que as vezes chego a pensar nele como um musical.

O único problema é que ele não pode ser editado, quem dera passar o resto da vida-filme naquela cena linda que não sái da cabeça? Ou pelo menos passar aquelas partes mais chatas que não vão acrescentar em nada no clímax ou no final. Felizmente ou infelizmente, o roteirista não sou eu, tem alguém superior que escreve o enredo do filme e apesar de ser a diretora, só posso dizer como as coisas serão feitas, mas o que será feito já está escrito. Ou não, um diretor sempre acaba dando piteco e mudando um pouco do roteiro, basta ter jeitinho, se for brasileiro então...

Enfim, vou deixando por aqui uma parte comédia do meu roteiro, eu e uma coadjuvante muito importante contracenando num diálogo muito engraçado (pelo menos para quem viu a cena toda).

S: Com quem a Carol vai sair hoje de noite?
G: Não sei, ela disse que tem compromisso com outras pessoas antes de sair com a gente.
(Clima de dúvida no ar)
S: Que papo é esse?
G: Não sei
S: Se fosse eu, vocês diriam que é algum caso
G: Deve ser reunião da igreja, ou da faculdade
S: Jesus, Maria, José, valha-me Deus.
G: Pára! Tu sabes qual é o primeiro mandamento?
S: Qual? Não lembro, guardar segredo? Não usai um pinto em vão?
(Risos)
G: Para de ser profana! É Não dizei seu santo nome em vão!
S: Ta bom, não falo mais nada.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

forte, muito forte.

O aprimoramento da paciência requer a presença de alguém que deliberadamente nos faça mal. Esse tipo de pessoa nos dá a chance de praticarmos a tolerância. A nossa força interior é posta à prova com mais intensidade do que aquela de que o nosso guia espiritual seria capaz. Em essência, o exercício da paciência nos protege da perda da confiança.
Dalai Lama
PACIENCIA É FORÇA

domingo, 17 de maio de 2009

ilusão

O que é ilusão e o que é realmente importante pra vida? Vivo nessa dualidade de construir meu futuro fazendo amarras mesmo querendo a liberdade. Sim, quero a liberdade para sair de onde quiser quando quiser, e para onde quiser, de migrar de um continente ao outro sem ter dia para voltar, mas até onde isso seria possível se não fosse por essas amarras que construo em um só lugar? A verdade é que isso tudo é um grande paradoxo, coisas que me prendem em um único lugar, como um trabalho, são as mesmas coisas que vão me proporcionar uma pseudo liberdade de ir e vir com conforto. Mas esse conforto é o que busco nesse plano físico e materialista, gostaria de poder continuar casando o conforto físico com uma vida mental e espiritual plena, mas como ter uma mente e um espirito pleno se o plano físico em que vivo é uma loucura? Não posso me retirar, nem sei se conseguiria, fui acostumada com alguns prazeres mundanos que são dificeis de desapegar, infelizmente. Ainda não conseguí me desapegar de uma saída com amigos, do carinho de uma pessoa amada, de uma noite bem dormida em uma cama confortável, de certas coisas do sistema, infelizmente ainda não conseguí desapegar, e porisso, só porisso não consigo me retirar. Ainda não sou auto-suficiente, ainda não consegui encontrar plena felicidade única e exclusivamente em mim mesma, mas eu sei que um dia, pode acontecer, com muita meditação, muito mais desprendimento e muita sabedoria, pode acontecer.

"O homem que não sabe dominar os seus instintos, é sempre escravo daqueles que se propõem satisfazê-los." Gustave Le Bon

sábado, 2 de maio de 2009

religare

Terceiro Manifesto: Poesia Polifônica
por Aquiles Ghirelli

Religare
À in-tuição
ao cérebro multipista
ao uno e ao verso/versão-remix
das esquinas da visão

São dissonante-mente consonante
harmoniosa
mais precisamente paradoxal
sem métricas, nem retas

Luz, sombra
ruído, silêncio
pensamento, vazio
fala, descoberta

A vida e a morte de cada dia!
Nos dai hoje.

Pois amanhã não existe
E aquela nota da melodia, pertence á outra freqüência..
Como o salto quântico, outros Hz!!!
Desconhecidos pelos afina-dores e metrônomos
Se a orquestra afina em lá, vamos afinar em si em mi-m em ti-m
Afine em si !!
Toquem em si
Toquem-si!!!
Afinem-si!!!

Lá- Si- Do
Quantas fontes...
A vida é um sampler!!!