segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

intenso

Nada foi dito, não no encontro, nada nunca foi dito. Fazem questão de deixar tudo nas entrelinhas, subentendido. Tudo bem que vale a pena novas experiencias, novos jeitos de se comunicar, telepatia é uma coisa curiosa, mas tem uma hora que tentar adivinhar tudo cansa. Nunca foi dito nenhum "sim", ou "não", sequer um "talvez", nunca foi dito nada com palavras. Arranjaram meios alternativos de se entenderem, ou de não se entenderem, era complicado até se comunicar por carta, não imaginava-se nenhuma voz ao ler, pois um mal conhecia a voz do outro.
Mas quando se olhavam tudo ficava claro, o problema é que esse tudo, existia só na cabeça deles, ou de um deles. Tudo não passava de imaginação e fantasia? Então o tudo foi resumindo-se a nada com o tempo, e o que existia só em um plano, passou a ser real neste, a realidade nem sempre é um doce, e essa realidade era a de que nada nunca tinha existido, tudo não passou de sete sonhos, sete viagens, sete, o número que criou tudo, tinha acabado de criar um nada infinito. E como sempre, nada nunca foi feito.

2 comentários:

Brainbow disse...

eu podia marcar uma visita pra ti e pra ele! que tal?

Brainbow disse...

linguágem de surdo e mudo!