P: O que é que o meu principe está lendo?
H: Palavras, palavras... Palavras. (folheando)
P: A que respeito, príncipe?
H: Entre quem?
P: Refiro-me ao assunto de vossa leitura, príncipe.
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P: Senhor, a rainha deseja falar-vos quanto antes.
H: Estais vendo aquela nuvem em forma de camelo?
P: Pela Santa Missa! Parece, de fato, um camelo!
H: Creio que parece mais uma doninha.
P: É certo; o dorso é de doninha.
H: Ou uma baleia?
P: Uma baleia, realmente; muito semelhante.
H: Bem; se assim é, irei ter com minha mãe neste momento. (E afasta-se)
H: Esta gente brinca de doido comigo, ao ponto de arrebentar-me a
paciência. (Falando sozinho.)
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Duas conversas entre Hamlet, filho do rei-defunto (que todos achavam maluco), e Polônio, o camareiro/fofoqueiro. Pra mim os melhores diálogos da tragédia são dos dois.
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